terça-feira, 13 de abril de 2010

Gustavo B.




Um coração é um ponto solitário,Em um plano cartesiano imaginário,Vagando triste em busca de seu par.Se encontra outro ponto, surge a reta,Dois corações unidos numa meta,Se amando par a par.No entanto, se outro ponto aparece,E em trajetória dessa reta desce,Cruzando velozmente sem parar,Não trio amoroso, isto é insano,Geometricamente forma apenas plano,Criado para os pontos abrigar.E nesta harmonia estabelecida,Os pontos formam retas, em partida,Prá juntos, bem alegres caminhar.Figuras hiperbólicas vão se formando,Cilindros, cones, cubos, e girando,Lindas esferas, doidas a bailar.Miríades de ângulos adjacentes,Perpendiculares, medianas e tangentes,Formam cascatas a revolutear.E nesse volitar de entes geométricos,Eu me encontro, simples ponto a buscar,Nos espaços infinitos, quilométricos,De todos os quadrantes paramétricos,Um coração a quem eu possa amar.



gustav

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